Sistema de informações espaciais terá linguagem unificada e acesso via internet
Vanessa Cortines, da equipe ZEE-DF
Brasília (14/05/2015) – Dando sequência às atividades que visam subsidiar o planejamento e a gestão territorial do DF, a equipe técnica do Zoneamento Ecológico-Econômico do Distrito Federal (ZEE-DF) deu início à modelagem da base de dados espaciais que, por meio de uma linguagem unificada de geoinformação, auxiliará o processo de construção, consolidação e acompanhamento do zoneamento.
“Embora haja uma grande quantidade de informações geográficas disponíveis no âmbito do Governo do Distrito Federal, elas não estão encadeadas de forma a auxiliar o ZEE-DF como uma ferramenta de apoio aos processos de planejamento e desenvolvimento sustentável do território. É preciso, dentre outras coisas, promover a normatização e a responsabilização formal dos dados”, explicou Rogério Alves Barbosa da Silva, da Coordenação Geral Técnica do ZEE-DF.
Tais informações, oriundas dos órgãos do Governo de Brasília – Adasa, Caesb, CEB, DER, Secretarias de Estado, Terracap, etc. –, encontram-se em processo de qualificação na Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) desde o início do ano. Como referência, estão sendo consideradas as diretrizes e políticas da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) e da Especificação Técnica para Estrutura de Dados Geoespaciais Vetoriais (ET-EDGV), que definem critérios e procedimentos de geoinformação entre organizações, objetivando a colaboração entre instituições de pesquisas e entidades parceiras.
Além de armazenar informações geoespaciais relevantes ao ZEE-DF de forma íntegra e segura, o sistema pretende exercer o papel de agente integrador, onde estarão as principais ferramentas de análise de meio ambiente. No formato de Infraestrutura de Dados Espaciais Ambientais (IDE-A), tal sistema poderá, por exemplo, atender às demandas de licenciamento e de monitoramento de forma integrada e mais rápida para os órgãos do GDF.
“O Siturb e o Terrageo são importantes repositórios de informações no âmbito do GDF e atendem demandas de planejamento urbano, acompanhamento de processos e solicitações judiciais, mas a área ambiental do DF ainda carece de um sistema temático que responda questões complexas com análises integradas, algo que o ZEE-DF, como processo, pode proporcionar com seus mapas de riscos e outras variáveis”, ressaltou Rogério Alves. “São dados a serem consumidos, por exemplo, pelas equipes que trabalham com fiscalização e licenciamento ambiental. Com esse tipo de sistema, os analistas terão mais embasamento na produção de pareceres e relatórios técnicos, bem como no acompanhamento das condicionantes das licenças e no monitoramento ambiental em si”, completou.
Saiba mais
A estrutura responsável em armazenar e gerenciar geoinformações com segurança e eficiência é o Sistema Gerenciador de Banco de Dados Geográficos (SGBDGeo). Trata-se de um arquivo digital de dados tabulares e espaciais relacionáveis entre si e utilizados pelos Sistemas de Informações Geográficas (SIG).
Para o banco de dados do ZEE-DF, será usado um sistema de código aberto, sem custos de aquisição para o Estado, baseado em plataformas livres que apresentam várias funcionalidades e compatibilidade com os principais sistemas operacionais de computadores (Microsoft Windows, Linux, etc.). Já a produção de análises integradas e a visualização de mapas, por exemplo, serão feitas via software livre e geoserver. Futuramente, a base de dados do ZEE-DF estará disponível via internet, possibilitando também o acesso da sociedade.
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