Governo do Distrito Federal
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6/05/21 às 16h44 - Atualizado em 6/05/21 às 16h45

Portal de dados ambientais do DF já pode ser consultado

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Cerca de 600 representantes do poder público e da sociedade civil participaram do lançamento da plataforma

Brasília (29/04/2021) – O lançamento do Portal do Sistema Distrital de Informações Ambientais (SISDIA) foi marcado pela emoção. Os participantes da mesa de abertura foram unânimes em afirmar que o Distrito Federal realiza um grande feito em favor da democracia ao disponibilizar, de forma aberta e gratuita, dados espaciais ambientais.

 

O evento on-line ocorrido na manhã desta quinta-feira (29) reuniu cerca de 600 participantes que estão em regime de teletrabalho e presencial com o uso de máscaras por conta da pandemia. Participaram integrantes de órgãos federais, distritais e organizações da sociedade civil, envolvendo pessoas de diferentes estados do país. A plataforma é desenvolvida pela Secretaria de Meio Ambiente (SEMA) em parceria com o Projeto CITinova, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

Ao se manifestar no evento, o ministro Herman Benjamim, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), destacou que a iniciativa “coloca Brasília na dianteira, ao tratar a informação ambiental como algo relevante e essencial, que merece investimento e atenção pública”.

 

“Trata-se de um patrimônio de todos que precisa ser democratizado. Sou um cidadão muito feliz por ver esta iniciativa sendo lançada. É preciso haver uma política ambiental universal, para que possamos avançar de forma sustentável. E ela não existe sem geração e democratização de conhecimento e informação”, defendeu.

 

Gestão pública

O secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho, apontou o SISDIA como importante ferramenta de gestão pública, transparência e participação social. “A transformação tecnológica requer uma mudança na forma de conceber e gerenciar o conhecimento, evoluindo da retenção setorizada da informação para seu amplo compartilhamento entre equipes de trabalho e com a população. Essa visão guiou a escolha dos conceitos, pressupostos e recursos que deveriam ser mobilizados para a implementação”, disse o secretário.

 

A subsecretária de Planejamento Territorial da SEMA, Maria Silvia Rossi, cuja área foi responsável por liderar o projeto, destacou o conceito de integração. “Fizemos um trabalho interessante, com a colaboração de outros órgãos de governo, no sentido de verificar como internalizar o processo e perenizá-lo ao longo do tempo. O objetivo é torná-lo orgânico dentro do governo, como um projeto de Estado. Esse é um instrumento que pode trazer um grande legado”, afirmou.

 

Durante o evento, houve debate sobre o papel das novas ferramentas digitais para a modernização do Estado, fomento da transparência, aumento da participação social e a contribuição da academia.

 

Participaram também da reunião virtual o professor Pedro Henrique Zuchi, representando a reitora da Universidade de Brasília, Márcia Abrahão Moura; o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI e coordenador nacional do Projeto CITinova, Marcelo Marcos Morales; a deputada distrital Arlete Sampaio; e o gestor de portfólio da América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Asher Lessels, representante também do Fundo Global de Meio Ambiente (GEF).

 

“Essa plataforma pública e gratuita de armazenamento e compartilhamento de dados espaciais e ambientais, de maneira integrada e segura, é um modelo para ser replicado para todo o país”Marcelo Marcos, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Parceria

 

De acordo com Marcelo Marcos, do MCTI, o SISDIA não só moderniza o Estado como é um ótimo exemplo da contribuição do melhor conhecimento científico no apoio a uma gestão transparente, participativa e baseada em evidências. E já se consolida como uma importante ferramenta para a gestão ambiental do DF. “Essa plataforma pública e gratuita de armazenamento e compartilhamento de dados espaciais e ambientais, de maneira integrada e segura, é um modelo para ser replicado para todo o país”, afirmou.

 

Asher Lessels, do Pnuma, lembrou de sua própria experiência profissional para reconhecer a dificuldade de se estruturar uma plataforma. No caso do SISDIA, porém, ele enxerga toda a possibilidade de ser uma ferramenta de grande utilidade. “E isso depende muito da liderança e da contribuição intelectual do ator responsável, nesse contexto, a Sema, a quem parabenizo pelo trabalho. Tenho acompanhado esse projeto desde o começo e estou impressionado”, completou.

 

Ele destacou que o portal vai cumprir com múltiplos papeis ao servir de fonte para formuladores de políticas públicas, sociedade civil e setor acadêmico. “Com base no trabalho feito, será um sucesso e um exemplo para replicar em todo o Brasil e no resto das cidades do mundo”, disse.

 

Conexão

 

O professor da UnB, Pedro Henrique Zuchi também mostrou seu entusiasmo com o SISDIA. “É uma satisfação representar a Universidade de Brasília neste evento. O SISDIA nos fez evoluir com a criação de um sistema que tem a tripla função de estar à disposição de servidores públicos, da sociedade, que precisa entender seu território e, o mais importante, promover a conexão entre ciência, tecnologia e academia”. Para ele, o SISDIA representa o geoprocessamento levado ao extremo. “A UnB está à disposição para contribuir com a busca de soluções dinâmicas, como a atualização em tempo real”, apontou.

 

Em sua fala, a deputada distrital Arlete Sampaio lembrou que no primeiro mandato foi autora da Lei nº 3.944, de 12 de janeiro de 2007, que dispõe sobre os indicadores SISDIA e cria o Atlas Ambiental do Distrito Federal. “A lei deveria ter sido colocada em execução em 180 dias. Passados 14 anos, temos hoje o SISDIA. A questão ambiental é vital para a humanidade, e o SISDIA será um instrumento essencial para planejamento de políticas públicas no DF, não apenas na área de meio ambiente mas para todas as políticas setoriais”, disse.

 

Além do Projeto CITinova, o SISDIA é executado em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e o Pnuma, com recursos do Global Environment Facility (GEF).

 

*Com informações da SEMA. Edição: Abnor Gondim

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