Secretário do Meio Ambiente e subsecretária de Planejamento e Monitoramento Ambiental ressaltaram que apoio das administrações regionais será fundamental para sucesso do zoneamento. Apresentação foi realizada em mobilização pela Virada do Cerrado durante reunião no CAVE, no Guará
Ascom Sema
(Brasília, 09/06/2016) – A Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) apresentou na manhã da quarta-feira (8) o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) a representantes de 10 administrações regionais. A apresentação foi realizada dentro da programação da Virada do Cerrado, que tem mobilizado os colaboradores daqueles órgãos para a realização de eventos em comemoração a Semana do Cerrado, em setembro.
O Secretário do Meio Ambiente, André Lima, anunciou que será realizada entre os meses de julho, agosto e setembro uma mobilização nas regiões administrativas para aprovação do ZEE. “Então, os administradores precisam estar cientes, para eles poderem ser também promotores desse debate”.
O ZEE estabelece medidas e diretrizes de proteção e uso sustentável dos recursos naturais, específicas para cada unidade territorial, de forma a garantir a conservação do meio ambiente e a qualidade de vida das presentes e futuras gerações.
André Lima destacou a importância dessa participação. “O envolvimento das administrações vai assegurar que o debate do ZEE chegue na ponta, são os atores do dia-a-dia da gestão pública do Distrito Federal e, ao conhecer o zoneamento, poderão ser os agentes de organização local nesse campo”, afirmou.
A subsecretária de Planejamento Ambiental e Monitoramento (Suplam) da secretaria, Maria Sílvia Rossi, concorda. “Talvez seja a estrutura de governo que tenha mais importância para a gente nesse momento para fazer conhecer o ZEE, realizar as últimas consultas e verificar se é adequado o que está sendo proposto para aquela porção do território”.
“Sua ação é necessária para gerenciar, comunicar, convocar a população local para as consultas públicas”, ressaltou. Além de explicar o instrumento e apresentar alguns estudos técnicos, Maria Sílvia Rossi aproveitou a oportunidade para promover reflexões sobre o meio ambiente do DF e os riscos ambientais e potencialidades para o desenvolvimento sustentável.
Maria Sílvia defende que é preciso mudar paradigmas da área ambiental. “Deixar de lado o conceito do ‘não pode’ e enxergar o território sob a óptica dos riscos ambientais”, pontua.
É necessário avaliar o que pode ser feito, quais os usos mais indicados e como deve ser a ocupação das diversas áreas em nosso quadrilátero, segundo ela. “Quais serviços da natureza podemos perder, se não houver a devida gestão do território? Quais as implicações e os custos para o Estado e para a população?”
ZEE-DF