Vanessa Cortines, da equipe ZEE-DF
Brasília (31/03/2016) – O Zoneamento Ecológico-Econômico do Distrito Federal (ZEE-DF) foi pauta da reunião do Conselho de Política de Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (CPDR-DF) realizada ontem à tarde na Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), quando os conselheiros receberam informações gerais sobre o instrumento e conheceram um pouco mais sobre seu processo de elaboração.
Maria Sílvia Rossi, Coordenadora Técnica do ZEE-DF pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema), apresentou um panorama dos trabalhos já realizados, mostrando os quatro mapas de risco que compõem a matriz ecológica e alguns dos dados sociais e econômicos utilizados na construção da matriz socioeconômica. “O ZEE é um instrumento de gestão e planejamento que orienta o uso e a ocupação do território conforme os riscos ambientais e as dinâmicas antrópicas, visando o desenvolvimento sustentável”, esclareceu.
Um dos estudos técnicos mostrados aos membros do CPDR tratou sobre disponibilidade hídrica, com indicadores e análises de quantidade e qualidade da água existente no DF. Ao apresentar o diagnóstico produzido pela equipe do ZEE-DF, Maria Sílvia Rossi destacou a situação crítica da Unidade Hidrográfica Ribeirão Rodeador, em Brazlândia, pertencente à bacia do Rio Descoberto, que é responsável por mais de 65% do abastecimento de água do DF.
“O Plano de Manejo e Conservação da Água e do Solo nas áreas de produção rural do DF, lançado pela Seagri em 2015, promoverá ações em sete bacias hidrográficas durante vinte anos. Será um trabalho gradativo, e a primeira Unidade Hidrográfica contemplada será justamente a do Ribeirão Rodeador”, lembrou o Secretário de Agricultura, José Guilherme Leal.
Um dos pontos levantados pelos conselheiros durante a reunião foi a necessidade de as questões agrícolas comparecerem de maneira robusta nas análises e diretrizes do ZEE-DF, de modo a fomentar o desenvolvimento rural no DF. “A agricultura é uma atividade econômica como qualquer outra, também gera emprego e renda e contribui para o PIB. É assim que o setor agrícola deve ser tratado. O que é consumido nas cidades é produzido na zona rural, uma depende da outra”, pontuou Marcelo Ayres Carvalho, representante da Embrapa.
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